Na introdução há um trecho que me deixou maravilhado pela imensa semelhança com a seguinte frase de Andrew Chumbley em uma entrevista feita pela Revista The Cauldron (No Brasil publicado pela Revista O Caldeirão):
"Para compreender as formas de continuidade interna não se deve, porém, comparar antigüidade com autenticidade;
a origem da Bruxaria Sabática é a do Momento, além do passado e futuro. A perspectiva linear de 'tempo' assumida
pela análise histórica deve ser reconhecida como tendo valor limitado,
quando se considera e representa as manifestações de contextos atemporais de experiência."
O trecho em questão fala de histórias daqueles "tempos fabulosos que produziram, ao lado da bruxaria, o culto a Madona" Veja o trecho:
"Para 'homem culto' de hoje, o mundo de conceitos e crenças dessas histórias singulares é quando muito uma curiosidade, para muitos até algo ridículo ou odioso, um típico pedaço 'obscura da Idade Média'. Mas se o homem culto de hoje, cujo saber e crença conseguiram unicamente provocar o atual estado de barbárie da Europa, procurar nas Histórias os inícios dessa situação moderna, encontrará ali exatamente essa mal-afamada Idade Média, o período do florescimento do cristianismo europeu e da vida intuitiva, como um paraíso perdido." E mais: "Quanto mais lucidamente afastarmos nosso coração do cheiro do incenso e das cinzas da penitência, tanto mais depressa voltarão a nos pertencer os valores espirituais intocados daqueles séculos obscuros, e sua literatura." "O traje (dessas histórias) é sempre antigo, mas o conteúdo não é velho nem novo, e sim intemporal, merecendo o nosso interesse, como tudo que é humano."
(Histórias Medievais - Herman Hesse, Ed. Record 2° Edição)
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